EU TÔ FICANDO É VELHO, NÃO É DOIDO NÃO!

Queridos amigos!

Estou aqui para contar para vocês o que eu quero com esse blog. A maioria deve saber que eu acabo de completar 30 anos. Exatamente 30!!! Só então eu me senti “adulto” de verdade, apesar de que nada mudou do dia 3 para o dia 4 de março – continuo no mesmo trabalho, na mesma casa, recebendo o mesmo salário, com os mesmos problemas e rindo das mesmas besteiras. No entanto, algo está mexendo com a minha cabeça e eu não sei ainda o que é. Não sei se é o fato de, com a minha idade, meu pai virava pai (quer dizer, eu nasci quando ele tinha 30 anos); não sei se é porque definitivamente eu saio dos 20 e poucos e me torno um balzaquiano; não sei se é porque os 30 são os novos 20… vai saber.

Só sei que é um barato ter 30 e eu estou a fim de fazer um diário de bordo dessa viagem louca que se chama tempo. Minhas impressões de criança não sumiram totalmente, porém elas não cabem mais. Eu levo um susto quando me chamam de “moço” ou de “tio”, quando um dia desses eu era chamado de “menino réi do buchão”(sic). Ao mesmo tempo, ainda me surpreendo que só eu alcanço a lata de biscoitos que fica na prateleira mais alta. E não entendo os olhares de espanto das outras pessoas só porque eu estou comendo um algodão doce.

Concomitantemente, eu quero registrar aqui o que sinto ao ver o tempo passar por mim. Bem cedo – talvez cedo demais – eu descobri que o tempo não existe. Existe o passar do tempo. E eu, como um amante de História, sinto passar por mim não só o meu tempo, mas o tempo de todos os meus antepassados e de toda a humanidade. De Júlio César a Lula; de Eva a Rogéria; do macaco que desceu da árvore ao bebê de “2001 – Uma odisseia no espaço”.

Exponho aqui meu convite a vocês para seguirem nessa viagem enquanto eu conto casos meus e dos outros, memórias, reflexões e mentiras – mentiras, claro – de alguém que está tentando entender a sua mente, o seu corpo, a sua geração e o seu mundo em meio a eventos tão fugazes e inevitáveis da existência.

Nos vemos em breve.